“Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.” (Mateus 24:7)

Na semana passada, quando estávamos nos preparando para dormir a noite, fomos surpreendidos por um forte tremor durante alguns segundo que abalou o chão e as paredes de nossa casa. Tal acontecimento foi necessário para agitar, minutos após o ocorrido, murais de recados online da cidade, Facebook, entre vários outros meios de comunicação da região e do país. Cada uma relatando o acontecimento dentro de sua própria perceptiva. Uns demonstrando a indignação quanto ao silêncio das autoridades. Outros expondo claramente o medo e a incerteza diante do fato.

Se olharmos para a bíblia, veremos que tais acontecimentos foram previstos nela. Veremos que nada mais é do quesinais dos tempos cumprimento das profecias. Ainda mais falar de terremoto em regiões que eram consideradas a anos atrás como áreas livres deste fenômeno, por estar no meio de uma placa tectônica, como é o caso do Brasil. Mas de alguma forma, falhas se abriram nessas placas, devido a ação da natureza e hoje o que era praticamente impossível de acontecer, torna-se cada vez mais real.Sinais dos Tempos

O que mais me surpreendeu nesse dia lendo as opiniões das pessoas na internet, não foi o relato do terremoto, mas tantas referências feitas a Deus por aquelas pessoas. Uns o criticavam ou até zombavam, mas grande parte clamava por socorro e misericórdia Dele. Confesso que fiquei intrigado com tudo aquilo, pois pude ver muitas pessoas lembrando de Deus em meio àquele momento de aflição.

Vivemos em um país de liberdade religiosa, que se intitula ser cristão. Se fizermos uma breve pesquisa, seremos surpreendidos ao ver tantas pessoas afirmando crerem em Deus. Porém a grande questão não é crer em Deus, mas se Deus realmente faz parte de nossas vidas. Se Deus é alguém com quem nos relacionamos diariamente e reconhecemos seu senhorio e somos obedientes à sua voz.

A maioria das pessoas lembram de Deus somente nos momentos de dificuldade e desespero. Quando a morte torna-se uma ameaça, através de um evento trágico ou de uma doença. Lembramos muitas vezes de Deus, quando nossos casamentos estão quase acabando, nossos filhos envolvidos nas drogas ou criminalidade. Quando nossos empreendimentos estão quase falindo. Aí lembramos e clamamos a Deus pela Sua misericórdia.

É verdade, que mesmo em situações como essas, Deus muitas vezes socorre o aflito, pois Deus não tem prazer no sofrimento humano, mas sua misericórdia é infinita. Mas não podemos nos relacionar com Deus desta forma, pois Ele deseja um relacionamento conosco em todos momentos, seja na alegria ou na tristeza, na fatura ou na escassez. Porque o relacionamento dele conosco é de Pai para filho. E como o filho que deseja sempre estar próximo aos seus pais que lhe trazem conforto e segurança, este tem que ser o mesmo sentimento nosso para com Deus. Pois ninguém poderá nos livrar do dia mal, somente Ele que conhece tudo. Porque Dele e por Ele são todas as coisas.

Em evento como este que aconteceu, deve ser algo muito além de nos fazer recordar somente de Deus, mas um meio que nos aproximar mais Dele e buscarmos comunhão sincera e duradoura com Ele.

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (II Crônicas 7:14)

Autor: Pedro Henrique T. Rêgo