Renato Russo, compositor e músico brasileiro muito conhecido no meio secular, certa vez escreveu uma música que dizia:
“Ainda que eu falasse
É um não querer mais que bem querer;
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria…
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder…”
Ele tentou através desta música trazer uma definição acerca do tema Amor. Mas talvez ele não tenha compreendido a dimensão da profundidade desta palavra e entendido acerca dAquele que é início de tudo, a essência eterna do Amor.
Atualmente, temos falado muito sobre variados dons em meio a igreja; dons de profecia, de línguas, de milagres, de ensino, entre muitos outros. Temos questionado qual deles venha a ser melhor e muitas vezes tornando-se em uma busca intensa por suas manifestações. Uma realidade vivenciada anteriormente pelo povo de Coríntios e repreendida pelo apóstolo Paulo por tal postura.
No capítulo 13 o vemos exortando que todos aqueles outros dons são muito importantes para a edificação de vidas sim, mas se tornam invalidados, se o Dom Supremo do Amor não estiver impresso nas vida e caráter das pessoas. Nenhum dom seria capaz de trazer os benefícios excelentes de Deus, sem a presença clara e demonstração do amor genuíno.
Quando falamos do dom do Amor, falamos do Amor incondicional, do amor de Pai para filho, que cuida de seu próximo. Com toda a certeza, a base de nossa fé cristã está totalmente vinculada ao amor. Por amor, Deus nos criou Sua imagem e semelhança, por amor, ele não nos destruiu face o pecado, por amor Deus planejou o nosso resgate da morte. Por amor, Jesus morreu por todos nós na cruz para que todo aquele que crer tenha vida nEle.
A sociedade, na qual estamos inseridos, não verá Deus claramente em nossas vidas simplesmente pelos dons do Espírito Santo. Não se renderão diante de Deus simplesmente por manifestações sobrenaturais. Mas o mundo só verá a Cristo de forma plena, quando a igreja demonstrar em meio à sociedade e para com as pessoas ali inseridas o Amor genuíno de Deus, vivenciando uma missão integral que não somente se preocupe com a alma das pessoas e sua perdição, mas principalmente com a pessoa em toda sua totalidade, seja físico, emocional e espiritual. Cristão que estejam sensíveis às necessidades de seu próximo, sejam eles, seus vizinhos, colegas de trabalho, escola, faculdade, família. Prontos a socorrer o necessitado, independente de sua necessidade. O cristianismo apregoado por nós não pode ser diferente ao que Jesus pregou e demonstrou. Se queremos segui-lo, precisamos ser seus imitadores a qualquer custo.
Que possamos buscar sim os melhores dons para servir as pessoas, mas que todos eles sejam posteriores ao dom Supremo de Deus, o Amor.
“Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.” (João 15:9)
Autor: Pedro Henrique T. Rêgo