Um beija-flor fez muita amizade com um corvo. Com o passar do tempo aquela amizade foi se fortalecendo, chegando a ser como um laço de família. O beija-flor e o corvo quase não se separavam e tinham uma confiança enorme um no outro.
Certo dia o beija-flor resolveu convidar o corvo para comer em sua casa. O corvo aceitou o convite. Então, no dia marcado, o beija-flor aprontou uma bela mesa repleta com o néctar de várias espécies de flores, mel e tudo que ele tinha de melhor. O corvo chegou ao jantar na hora combinada e se alimentou tão bem que ficou muito satisfeito com todo alimento servido. Era tudo natural!
O corvo ficou tão contente que resolveu retribuir o gesto do amigo beija-flor, de maneira que o convidou para ir almoçar em sua casa também e o beija-flor, claro, aceitou prontamente.No dia marcado o beija-flor chegou à casa do corvo e viu que este também havia colocado o ‘melhor’ na mesa para alimentar seu amigo: carniça, restos de animais em decomposição e todo tipo de carne podre. Imagine a cena: vemos o beija-flor que, de tão envolvido que estava naquela amizade, teve que comer todo aquele lixo para não magoar seu amigo.
Aqui podemos fazer um breve paralelo entre duas situações distintas. Pessoas que conhecem a Deus e sua vontade e assim buscam agradá-lo representada pelo néctar ofertado pelo beija-flor. Por outro lado vemos a figura do corvo que retrata todas as atitudes que não condizem com a vontade de Deus para nossas vidas. Na verdade, dentro da concepção do corvo, aquilo que ofereceu ao beija-flor era o que ele achava ser o melhor e como vimos no final, aquele beija-flor acabou se alimentando para não desagradar ao seu amigo.
Muitas vezes temos feito isso, temos nos associado de tal forma as coisas seculares, que acabamos criando um vinculo quase impossível de romper. Muitas vezes afirmamos que tais coisas não nos desviarão de Deus, porém Paulo em sua carta de Coríntios disse claramente que “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.” Muitas vezes nos associamos a tais práticas, pensando que assim fazendo, seremos melhor aceitos pelas pessoas. Que assim, conseguiremos levar pessoas ao conhecimento pleno de Deus. Mas comportando desta forma, deixamos de ser a luz que ilumina em meio às trevas, o sal que salga o alimento, trazendo vida e paz. Jesus é o melhor exemplo para nossas vidas. Ele não se isolou do mundo, mas andou em meio ao povo, em meio às pessoas pecadoras. Porém em nenhum momento Jesus se associou a eles, mas deixava claro sua missão e sua mensagem àquele povo em todo tempo. Não se moldou a eles, mas em meio a eles, era a luz e o sal para aquele povo.
Só que infelizmente, temos muitas vezes aceito, a imoralidade sexual, a mentira, a desobediência, o adultério e toda sorte de atitudes contrárias à vontade de Deus. Atitudes que ao invés de atrair vidas para próximo de Deus, têm cada vez mais as distanciado da salvação.
Lembre-se, o corvo tinha lixo e carniça e isso para ele era o melhor. Talvez você tenha o néctar doce que pode mudar vidas. O erro do beija-flor foi criar um vinculo tão grande com o corvo, que em nenhum momento ele o influenciou com os seus valores bons, mas o aceitou e comungou dos valores do corvo e isso o levou a decadência.
Se você conhece a Deus e o serve, a partir de hoje seja a influência em sua casa, trabalho, escola ou onde quer que esteja. Mostre o amor de Deus à pessoas pela sua atitude diferente. Trate o mal com o bem. Se seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer, perdoe as pessoas, assim como Cristo o fez. Seja pacificador e nunca busque por revoltas, mas sempre seja a palavra de paz em meio aos conflitos. Assim as pessoas que não conhecem ainda ao Deus todo poderoso verão em suas atitude a luz de Cristo resplandecendo e muitas delas virão aos pés de Cristo somente pelas suas atitudes. Que Deus o abençoe neste dia.
“Pregue sempre o evangelho. Se necessário, use palavras” – Francisco de Assis
Autor: Pedro Henrique T. Rego